quarta-feira, 25 de novembro de 2009



A ti, meu Anjo, amor dos meus encantos,
A ti que velas horas dos meus dias,
A ti que trazes luz aos meus espantos,
Eu agradeço o fim das agonias.
As agonias que rondaram cantos,
Os mais escuros, de paredes frias,
Quando era eu um carrilhão de prantos,
E tu - de perto - só me percebias.
Sem que eu chamasse foste os acalantos
Das minhas noites tristes e vazias.
E eu - que chamava por todos os santos -
Não via a ti que tanto me sorrias.
A ti, meu Anjo, amor dos meus encantos,
Eu agradeço os meus presentes dias.

Sílvia Schmidt

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