sexta-feira, 27 de novembro de 2009


A menina cresceu, virou mulher, não teve escolha.

Destrambelhada, aprendeu o ritmo, os pés descalços usam salto alto, a boca lambuzada de doce agora tem batom, as bochechas rosadas ganharam pó de arroz.
Ganhou muita experiência, perdeu muito da inocência.
Seus vestidos rodados cor-de-rosa deram lugar aos tubinhos pretos.

Aprendeu que os meninos bobos de antes continuam tão bobos quanto e que as meninas lindas e malvadas continuam malvadas, mas feias.
Aprendeu que quando se é criança tudo parece maior e mágico, mas quando se torna adulto a magia só desaparece se nos tornamos pequenos.
Aprendeu quando criança a brincar de ser mulher e hoje, mulher feita, brinca de ser “Jamais deixes de ser criança...

Não deixes de sentir, gostar, ver e extasiar-se diante de coisas tão grandes como o ar, o vôo e os sons da luz do sol em teu interior.
Se quiseres, usa a máscara para proteger a
criança do mundo, mas, se permitires que a criança desapareça, terás crescido e já não estarás vivo...”

(Richard Bach)

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